Cisco e Intelbras fazem acordo em telefonia IP
A americana Cisco e a brasileira Intelbras firmaram parceria para vender produtos de telefonia IP (baseados em protocolo de internet) a pequenas e médias empresas. O valor do contrato não foi revelado.
Sob
o acordo, que será anunciado oficialmente hoje, a Intelbras vai atuar
como distribuidora de um produto da Cisco que integra, em um só
equipamento, recursos de voz e de serviços de vídeo, conferência e
outros.
Paralelamente, a Intelbras vai usar tecnologia da Cisco na produção
de aparelhos de telefone e centrais IP. A empresa tem fábricas em São
José (SC), Santa Rita do Sapucaí (MG) e Manaus. Os produtos resultantes
da parceria chegam ao mercado a partir de abril.
Do ponto de vista da Cisco – gigante global de equipamentos e
software para telefonia IP -, a parceria representa uma forma de ganhar
espaço em um segmento em que não está bem posicionada atualmente. Embora
tenha uma presença significativa entre as grandes companhias, a Cisco
não é muito forte na venda de produtos para pequenas e médias empresas.
“É um mercado que está crescendo muito. Queremos aumentar nossa presença
nele”, afirma ao Valor o presidente da Cisco no Brasil, Rodrigo Abreu.
Para a Intelbras, o acordo representa uma oportunidade de ter acesso às tecnologias de telefonia baseada
nas redes IP. Com sede em Santa Catarina, a empresa foi um nome
importante na produção de centrais telefônicas convencionais, mercado
que tende a desaparecer.
Hoje, a maior parte dos clientes da Intelbras é formada por empresas
que usam até cem ramais. A companhia tem o objetivo de prospectar
consumidores de maior porte. “Para isso, precisamos de mais tecnologia”,
diz Altair Silvestri, presidente da Intelbras.
“Ao mesmo tempo, podemos contribuir bastante com a Cisco com o conhecimento que temos do mercado de pequenas empresas.”
Com a parceria, Intelbras e Cisco pretendem atuar em um segmento
constituído por empresas que tenham até 250 usuários de telefonia fixa.
Segundo estimativa de Abreu, trata-se de um nicho que movimenta mais de
US$ 200 milhões por ano no Brasil e abrange aproximadamente a metade do
mercado de telecomunicações empresariais no país.
“O Brasil ficou muito tempo no sistema tradicional de telefonia
(conhecido como TDM), por isso existe um grande potencial para o
desenvolvimento do IP”, afirma o presidente da Cisco.
O executivo observa que a telefonia IP já é dominante entre os
grandes clientes. “O próximo grande segmento a adotá-la é o de pequenas e
médias empresas”, diz.
Fonte: http://www.revistadigitalsecurity.com.br
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