sábado, 26 de janeiro de 2013

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP

Integrada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, a CPLP foi estabelecida em julho de 1996, na I Conferência de Chefes de Estado e de Governo dos Países de Língua Portuguesa, em Lisboa (“Cimeira Constitutiva”). Na sequência de sua independência, em 2002, Timor-Leste tornou-se o oitavo Estado Membro da Comunidade.
Panorama Internacional

A proposta de criação da CPLP remonta ao primeiro encontro realizado entre Chefes de Estado e de Governo de língua portuguesa, em novembro de 1989, em São Luís do Maranhão, sob iniciativa do Presidente José Sarney, tendo recebido igualmente forte impulso do Embaixador José Aparecido de Oliveira, na primeira metade dos anos 1990. Durante o Encontro de Cúpula no Maranhão, foi decidida a criação do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), com sede na Cidade da Praia, Cabo Verde. Considerado o “embrião” da Comunidade, o IILP foi, em 2005, integrado formalmente à Organização como principal espaço de coordenação para a promoção e difusão da língua portuguesa. Para a institucionalização da CPLP, contribui, igualmente, a atuação, na primeira metade dos anos 1990, do Embaixador José Aparecido de Oliveira, grande entusiasta da idéia de uma CPLP no período em que foi Embaixador do Brasil em Portugal.

A CPLP constitui foro privilegiado para o aprofundamento das relações entre seus Membros, que se beneficiam de laços históricos, étnicos e culturais comuns. Baseada no princípio da solidariedade, a Comunidade concentra suas ações em três objetivos gerais: a concertação político-diplomática; a cooperação em todos os domínios; e a promoção e difusão da língua portuguesa. No âmbito da concertação política, destacam-se a coordenação de posições nos foros multilaterais, bem como a cooperação na área eleitoral, inclusive por meio de missões conjuntas de observadores nas eleições dos Estados membros. No tocante à cooperação técnica, vale sublinhar que os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), juntamente com Timor-Leste são, atualmente, os principais recipiendários da cooperação prestada pelo Brasil, a qual tem priorizado a capacitação nas áreas de formação profissional, segurança alimentar, agricultura, saúde e fortalecimento institucional, entre outras. No tocante à promoção e difusão de Língua Portuguesa, vale destacar o processo de adoção, em 2010, do Plano de Ação de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projeção da Língua Portuguesa.

A CPLP compõe-se de um Secretariado Executivo e de três órgãos deliberativos: a Conferência de Chefes de Estado e Governo (com reuniões bianuais); o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros e das Relações Exteriores (com reuniões anuais); e o Comitê de Concertação Permanente (CCP, com reuniões mensais). Todas as decisões são tomadas por consenso.

O Brasil e a CPLP

Desde 2006, o Brasil é representado junto à Comunidade por meio de uma Delegação permanente, criada junto à sede da Organização em Lisboa.

A Organização oferece a possibilidade de associação por meio das categorias de “Observador Associado” e “Observador Consultivo”. A primeira é facultada a terceiros países, enquanto que a segunda diz respeito a entidades da sociedade civil identificadas com os princípios e propósitos da CPLP. Atualmente, gozam de status de Observador Associado o Senegal, a Guiné Equatorial e as Ilhas Maurício. Mais de cinqüenta organizações da sociedade civil são Observadores Consultivos.

Como resultado do dinamismo comunitário, os mais diversos setores da Administração dos oito Estados Membros contam, atualmente, com Reuniões Setoriais Ministeriais, como é o caso das áreas: da Agricultura; dos Assuntos do Mar; da Cultura; da Defesa; da Educação; da Justiça; da Juventude e do Desporto; do Meio Ambiente; da Saúde; do Trabalho e Assuntos Sociais; e do Turismo. Além das Reuniões Setoriais, a Organização congrega igualmente uma “Assembleia Parlamentar”, que reúne representantes dos Parlamentos dos oito Estados Membros. Com vistas a fomentar o intercâmbio entre as sociedade civis dos Estados Membros, a Organização deverá promover, em 2010, o I Fórum da Sociedade Civil da CPLP. Realizam-se, ainda, no âmbito comunitário, encontros regulares entre representantes empresarias.

Passados quatorze anos desde sua criação, a CPLP apresenta um acervo considerável de realizações, com crescente projeção para dentro e para fora do espaço dos Estados Membros. Evidencia-se, paralelamente, notável convergência de propósitos e a existência de diálogo direto e fraterno entre os parceiros comunitários. 

Fonte: Itamaraty

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Falha de segurança em roteador Linksys é confirmada pela Cisco!

Empresa recomenda que os clientes se certifiquem de sua rede está bem configurada e que estranhos ​​não utilizem um cabo Ethernet para se conectar ao roteador.

A Cisco confirmou uma vulnerabilidade em um roteador Linksys, que permitiria a um cracker obter o controle total do dispositivo usado em redes domésticas sem fio (wireless).
A fornecedora de segurança DefenseCode divulgou a falha na semana passada, dizendo que ela poderia estar presente em vários modelos da Linksys. Porém, a Cisco afirmou que a vulnerabilidade existe apenas no modelo WRT54GL.

"Até o momento, parece que não há outros produtos Linksys que foram afetados", disse a Cisco em um comunicado. "Nós desenvolvemos e estamos testando uma correção para esse problema, e iremos liberá-la aos nossos clientes o mais rápido possível."
Até que uma correção esteja disponível, a Cisco recomenda que os clientes se certifiquem de sua rede está bem configurada e que estranhos ou pessoas não confiáveis ​​não utilizem um cabo Ethernet para se conectar ao roteador.

Nem a Cisco nem a DefenseCode forneceram detalhes sobre a vulnerabilidade. Depois de ser informado sobre o comunicado da Cisco, a DefenseCode fez uma "rápida análise" e considerou que "pelo menos um outro modelo Linksys provavelmente está vulnerável", disse o presidente-executivo da empresa, Leon Juranic, por e-mail. Além disso, a companhia informou a Cisco sobre "algumas outras potenciais vulnerabilidades em equipamentos Linksys."

A DenfenseCode também verificou se os dispositivos de rede de outros fabricantes continham a mesma falha.

No início desta semana, a DefenseCode disse no blog da empresa que a vulnerabilidade está na instalação padrão dos roteadores Linksys. A companhia postou um vídeo no YouTube que mostra um exploit prova-de-conceito que está sendo explorado para obter privilégios de root (administrador do sistema) no modelo WRT54GL do roteador Linksys, que roda o firmware 4.30.14.

Alguns terceiros interessados (e suspeitos) se ofereceram para comprar o exploit, que a DefenseCode se recusou a vender, disse Juranic. "Nós não vendemos exploits."

Em dezembro, a Cisco contratou a Barclays - uma grande fornecedora global de serviços financeiros - para encontrar um comprador para a Linksys, informou a Bloomberg. A fabricante de equipamentos de rede quer vender a unidade como parte de sua estratégia para se livrar de seus negócios voltados para consumo, a fim de se concentrar apenas em produtos corporativos.



Fonte: youtube/PCWorld

sábado, 19 de janeiro de 2013

Segurança da informação em 2013: tendências sob a ótica portuguesa.

O mundo está cada vez mais dependente dos sistemas informatizados, dos computadores, da internet, e essa realidade não é diferente em Portugal. Todos dependem da rede para trabalhar, produzir, vender, comprar, etc. Como resultado, empresas e governos conectados são atacados, essa é uma verdade inerente da rede mundial de computadores. O ano de 2012 foi cheio de incidentes de segurança, e para entender as tendências futuras é necessário olhar para o passado. Nesse artigo vamos resumir quais foram os mais importantes incidentes de segurança em 2012 e quais as tendências para o próximo ano, destacando como essa realidade afeta os negócios nas empresas portuguesas.

Os ataques dirigidos contra companhias chegaram a ser uma ameaça predominante nos últimos anos, e para 2013 esperamos a continuação dessa tendência. A finalidade é sempre a mesma: obter dados confidenciais através de ciberespionagem, “spear-phishing”, invasão de redes corporativas, implantando malware nos sistemas informatizados com finalidade de espionagem industrial. Essa é sem dúvida a ameaça mais significativa para os negócios das empresas em Portugal. Esses ataques quase sempre são oriundos de países asiáticos, especialmente da China, e os alvos são empresas de diferentes áreas, mas destacamos as de infraestrutura como gás, petróleo, eletricidade, indústria automotiva e electrónica.

A ciberguerra patrocinada por Estados também continuará em 2013. De facto, durante 2012 vários programas maliciosos foram descobertos e usados em operações de ciberguerra, entre os quais destacamos Flame e Gauss. O vírus Flame foi um exemplo de um programa complexo e malicioso que poderia existir sem ser detectado durante um longo tempo, enquanto coletava grandes quantidades de dados e informações sensíveis das suas vítimas, cujo desenvolvimento foi patrocinado por um governo. Estes ataques afetarão não somente as instituições governamentais, senão também aos negócios e as instalações de infraestruturas críticas dos países atacados. O desenvolvimento das redes sociais e as novas ameaças que afetam os consumidores e os negócios criaram em 2012 uma percepção da importância da privacidade e a confiança on-line. Os incidentes de vazamento de dados vistos em 2012, envolvendo grandes sites como a rede social LinkedIn e o serviço web Dropbox, mostraram a importância com que o assunto deve ser tratado nas empresas. O valor da informação pessoal ou corporativa – tanto para os cibercriminosos como para os negócios legítimos – está destinado a crescer significativamente num futuro próximo.

O ano de 2012 também foi o ano do crescimento explosivo do malware para dispositivos móveis: celulares e tablets estão na mira dos cibercriminosos, e isso afeta diretamente as empresas devido a popular prática do BYOD (Bring Your Own Device), onde empregados e gestores utilizam seus dispositivos pessoais para acessar dados de redes corporativas, facilitando os incidentes de vazamento de dados. A plataforma mais atacada foi justamente a mais popular: o Android. Em 2013 veremos provavelmente uma nova e alarmante tendência – a exploração de novas vulnerabilidades para potencializar os ataques. Isto significa que a informação pessoal e corporativa armazenada nos telefones inteligentes e tablets serão atacadas com a mesma frequência de como se sucede nos computadores tradicionais.

Outro cenário que já se mostra um grande problema são as vulnerabilidades em softwares populares, como o Java e o Flash, omnipresente em todas as redes corporativas. A Kaspersky Lab nomeou 2012 como sendo o “ano das vulnerabilidades Java” e em 2013 o Java continuará a ser explorado pelos cibercriminosos em grande escala, como uma ferramenta de ataque.
Apesar da crise atual, os portugueses são bastante atacados por trojans bancários. Esses ataques são originados de duas frentes: trojans desenvolvidos no Brasil, adaptados para roubar bancos portugueses e trojans feitos na Europa Oriental, especialmente as variantes do Zeus e SpyEye. Outra onda de ataques cibernéticos com amplo crescimento são os ransomware, software malicioso que sequestra os dados dos sistemas informáticos infectados - para devolver o acesso solicita um pagamento em dinheiro, num caso típico de extorsão. Esses ataques são comuns contra utilizadores domésticos, porém em 2013 acreditamos na sua expansão para que empresas também sejam atingidas.

Diferentemente do que pensam alguns gestores, a crise económica que assola os países europeus é um potencializador de ataques virtuais, e não um inibidor. Esse período faz com que gestores e empresas diminuam os investimentos em software e ferramentas de proteção, o que as torna mais suscetíveis aos ataques cibernéticos. Os períodos de crise financeira também são um incentivador para que pessoas desempregadas se engajem em atividades do cibercrime, que se mostra como uma possibilidade de ganho de dinheiro de uma maneira rápida, apesar de ilícita. Como não existem fronteiras para os ataques cibernéticos, atualmente muitos códigos maliciosos desenvolvidos em outros países estão a atacar fortemente as empresas portuguesas, e em 2013 isso não irá mudar•
 
Susana Almeida, 18/01/2013 

Fonte: Vida e Economia

Curso em gestão de documentos públicos.

Curso em gestão de documentos públicos e segurança da informação tem inscrição aberta.

O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) está com inscrições abertas para o curso de gestão de documentos públicos e segurança da informação. A proposta é capacitar e qualificar servidores públicos ou particulares, da área de biblioteconomia ou arquivologia, no uso de instrumentos e princípios básicos da gestão documental e segurança da informação.

As aulas acontecem na Escola de Contas Públicas Barreto Guimarães (ECPBG) entre os dias 28 a 31 de janeiro. Serão ministradas pelas servidoras e bibliotecárias do TCE-PE, Maria do Socorro Félix, especialista em gestão e tecnologia da informação e Jenai Correia Maranhão, especialista em arquivologia. As abordagens focam em temas como: a importância da gestão documental, legislação arquivística, métodos de arquivamento, tabela de temporalidade, projeto para digitalização, eliminação de documentos, noções de segurança da informação, entre outros.

De acordo com as instruturas, o documento público é patrimônio da sociedade, e em vigor a Lei de Acesso a Informação (LAI) é indispensável o maior cuidado na sua gestão, em especial, aqueles que precisam estar disponíveis ao cidadão sempre que ele solicitar.

Interessados em participar do curso podem ter maiores informações no site www.tce.pe.gov.br/escola ou pelo telefone (081) 3181-7928.